sexta-feira, 31 de outubro de 2008

que amor é esse?

É algo agridoce, com pimenta.
Que plantou borboletas na barriga
e os pés fincou no chão.
Fez o acaso de outra maneira,
como se não o fosse.
Coloriu música,
palavra, som.
Faz a alma ir longe
buscando
e, ao mesmo tempo,
traz ao encontro
o que ha muito buscara.
No entanto,
assim como turbilhão,
faz surgir o medo.
Consciência do efêmero.
Fragilidade do ser.
Por que haverias de querer
o meu vasto querer?
Sempre além.
Com força,
desejo-te ternura,
escolho te perpetuar.
E o que sou,
ainda luz e imaterial,
um dia encontrarás de frente,
tangibilíssimo.

denise

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

casa cantada

Bieh

Eu fiz com amor a canção só pra ser tua

Não tinha versos e sonhos
Mas tinha um bom dia-dia

Na cama um cheiro de sono
Na sala jornal e bom dia

Eu dei de mim de verdade
Você que nunca percebia

Não tinha às vezes refrão
Mas teve bastante alegria

Na cozinha saladas
E no sofá tesão

Mas tu nem bem me escutava
Achou a musica cantada tão sem razão

E calou nossa vida casada
Na secura tola de um não.

Gabriela Leorato*

*poetisa amiga minha
Candi