segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sofia

O teu olhar faz com que eu veja a mim mesma. Nos teus olhos, quando me vejo refletida, sinto que estou menos só. A tua vida, desde o primeiro momento, fez com que eu ponderasse seriamente sobre isso, pois nunca mais estarei sozinha. E tonta de alegria, às vezes nem sei o que pensar... Só sei que me sinto bonita e cansada. Cada um sonha em segredo com as coisas as quais deseja. Eu não sabia... Mas te desejei com força... Agora almejo sabedoria e coerência para poder dar-te o que precisas. Enquanto cresces, cresço também. E busco ser mais, te alimentando com as coisas boas do universo durante o tempo em que a tua alimentação depender de mim. Espero em ti plantar sementes que perdurem e te regar com gotas de amor que marquem tua memória. É uma sensação estranha que me causa a maternidade, é um amor diferente. Ainda sou tão imatura, tenho pendentes mil questões de filha, mas preciso ser mãe. O corpo é outro e isso até me agrada, mesmo com as dores e o leite que escorre e mancha a todo momento. O fato é que me sinto em ti: como se fosses a possibilidade de eternizar minha existência e quero deixar-te o melhor de mim. No entanto, conseguir dar-te o meu melhor pode ser simples, mas não está sendo fácil, o medo, a insegurança e a fragilidade me assolam as idéias. De agora em diante terá de ser dedicação, renúncia e sapiência.















denise.